São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996 |
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Rússia vai expulsar diplomatas Britânicos teriam espionado DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O governo russo anunciou ontem que vai expulsar um grupo de diplomatas britânicos, acusados de espionagem.A expulsão foi decidida depois que um funcionário do governo russo foi preso enquanto fazia contatos com agentes do serviço secreto do Reino Unido. Segundo a agência russa "Interfax", o homem, preso mês passado, vendeu segredos políticos e de defesa aos britânicos. Ele pode ser condenado à morte por traição. Sua identidade não foi revelada. O serviço de contra-espionagem russo afirmou que, a partir de seu interrogatório, foram apontados diplomatas britânicos que estariam atuando como espiões. A chancelaria russa disse que "agentes da inteligência britânica, trabalhando sob cobertura da embaixada, foram declarados 'persona non grata' e estão sendo expulsos da Rússia por atividades incompatíveis com o status diplomático". A formulação da última frase era um modo clássico de se referir a espiões na Guerra Fria. Eleição Rússia e países ocidentais admitem que ainda têm espiões. Quando um espião é descoberto, porém, o procedimento normal é que ele seja retirado discretamente. O alarde feito pelos russos pode indicar problemas com o Reino Unido -o que é pouco provável- ou razões domésticas. O incidente ocorre pouco antes das eleições russas, em 16 de junho. O presidente Boris Ieltsin tem advertido para a volta da rivalidade dos tempos de Guerra Fria se perder a disputa para o neocomunista Guennadi Ziuganov. Ieltsin pode estar tentando mostrar como as coisas eram no passado, ou mesmo adotando uma postura severa para rebater críticas de submissão a interesses ocidentais. Ontem, o presidente russo desmentiu declarações de seu chefe de segurança e garantiu que a data das eleições está mantida. Alexander Korjakov afirmou que se as eleições não fossem adiadas, não haveria como evitar conflito. Texto Anterior: Tropa dos EUA entra em choque na Libéria Índice |
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