São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996 |
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Ofensiva anticrime na China vai fazer 'cerco' a universidades Repressão coincide com aniversário de Tiananmen JAIME SPITZCOVSKY
A China proíbe manifestações pró-democracia e homenagens aos estudantes mortos por tropas do governo na praça Tiananmen (centro de Pequim). O início de junho, desde o primeiro aniversário do massacre, representa aumento da presença policial ao redor das universidades. Neste ano, a repressão política se mistura com a campanha anticrime deslanchada pelo governo no mês passado. A China pretende enfrentar o crescimento da criminalidade com aumento da presença policial, numa ofensiva prevista para durar três meses. Segundo a rádio estatal chinesa, a ofensiva anticrime vai atuar "dentro e fora das universidades", como parte "da campanha para enfrentar a criminalidade". Alojamentos estudantis terão sua "administração fortalecida". A ofensiva anticrime pretende intensificar a fiscalização de pequenos restaurantes e bares perto das universidades, com o objetivo de combater a prostituição. Em 4 de junho de 1989, sob ordens do Partido Comunista, soldados chineses atacaram manifestantes, em sua maioria estudantes, acampados havia 48 dias na praça Tiananmen. Pelo menos 200 pessoas morreram, segundo dados do governo, mas entidades pró-direitos humanos afirmam que houve mais de mil mortes. Texto Anterior: Presos radicais na Cisjordânia Próximo Texto: Rússia vai expulsar diplomatas Índice |
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