São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 1996
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Para CUT, ação é democrática

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

As invasões do Ministério da Fazenda, em Brasília, e do centro de operações de sistemas de Furnas, em Curitiba (PR), pelos sindicalistas da base da CUT são "uma forma de pressão democrática dos trabalhadores", segundo afirmou ontem o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
"É uma demonstração de que os funcionários públicos da administração direta e indireta não aguentam mais. A categoria está sendo destruída e transformada no inimigo maior da nação pelo governo", disse Vicentinho.
Para ele, não há qualquer intenção de "sabotagem" nas ocupações.
Segundo Vicentinho, a orientação da CUT a todos os sindicatos filiados é que, mesmo se utilizando de instrumentos como a invasão, não haja "nenhuma agressão, constrangimentos ou quebra do patrimônio público".
Vicentinho disse ainda que a CUT defende que os serviços essenciais sejam mantidos para garantir que a população não seja prejudicada.
Segundo Vicentinho, em reunião no dia 29 último com o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o problema dos eletricitários foi debatido.
"Eu alertei o presidente FHC sobre a gravidade da crise no setor elétrico e até agora nada aconteceu", disse.
Para Vicentinho, a saída para o impasse colocado é o governo abrir negociações.

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