São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996
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Rolo compressor; Alívio temporário; Conhecimento de causa; Volta à rotina; Ameaça explícita; Com a barriga; Abre a porteira-1; Abre a porteira-2; Promoção; Na geladeira; Tudo pelo Real; Discurso de ocasião; Fábrica de votos; Em alta; Repeteco; TIROTEIO

Rolo compressor
O Planalto vai bancar a proposta de mudança do regimento da Câmara que limita a utilização do DVS (Destaque para Votação em Separado). FHC deu o sinal verde a Luiz Carlos Santos e os líderes no Congresso.

Alívio temporário
Marcada para terça-feira, a votação do projeto de renda mínima na Câmara foi adiada por 15 dias. O relator Germano Rigoto (PMDB-RS) está acamado. Ao contrário dos candidatos, o Planalto suspirou aliviado.

Conhecimento de causa
A briga entre PFL e PSDB não tira o sono do ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos). Ele insiste em dizer que é "só fumaça". Segundo FHC, ninguém sabe "dar nó em fumaça" melhor do que o ministro.

Volta à rotina
FHC viaja no fim do mês, mas entra no clima a partir de quinta, quando almoça na embaixada da França. A partir do dia 20, recebe jornalistas franceses. Nem a retomada das votações no Congresso atrapalha a viagem.

Ameaça explícita
FHC acha que a eleição municipal não é desculpa para o Congresso deixar de votar as reformas até o final do segundo ano de governo. Tem comentado que vai ficar muito ruim para a imagem do Legislativo. Os líderes já foram advertidos.

Com a barriga
O governo pediu tempo para tentar conciliar seus interesses com os do Congresso em relação à venda da Vale. As bancadas que mais se opõem à privatização são as do Pará, Maranhão, Espírito Santo e Minas.

Abre a porteira-1
Depois do Nacional e do Econômico, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) não vê motivos "para criar dificuldades para a aprovação do acordo do Banespa", o que deve ser feito pelo plenário na quinta-feira.

Abre a porteira-2
O acordo do Banespa -que dá prazo de 30 anos para o pagamento a dívida do Estado- servirá de modelo para ajustes em todos os bancos estaduais que estejam em dificuldades. "O Malan garantiu", diz Barbalho.

Promoção
A Polícia Federal vai se transformar em secretaria do Ministério da Justiça. A justificativa é de que a partir de agora ganhará mais poderes. A mudança foi tentada durante o governo Collor. Ninguém notou nada.

Na geladeira
Com muito cuidado para não melindrar o amigo, FHC está disposto a cortar a asas do ministro Sérgio Motta (Comunicações). Amigos do presidente dizem que ele está farto dos "exageros e trapalhadas" de Serjão.

Tudo pelo Real
Apesar da preocupação recente com a chamada "questão social", o núcleo do governo continua convicto de que seu grande desafio é garantir a estabilidade. A questão é conciliar essa prioridade com a imagem de FHC.

Discurso de ocasião
Economistas que apóiam o Real fazem agora um mea-culpa. A idéia é "esvaziar" as expectativas quanto às reformas. Para eles, elas não são essenciais para a sobrevivência do plano no curto prazo. Sinal dos tempos.

Fábrica de votos
Candidatos a prefeito têm feito romaria aos gabinetes de Eduardo Suplicy (PT-SP) e do governador Cristovam Buarque (DF). Procuram a receita dos programas de renda mínima, a próxima atração do horário eleitoral.

Em alta
Na surdina, alguns bancos já começam a rever para cima as projeções para o comportamento da inflação este ano. Não há previsão de estouro, mas a taxa anual pode ser até quatro pontos percentuais mais salgada.

Repeteco
O presidente do PMDB, deputado Paes de Andrade, diz ser contra a convocação extraordinária do Congresso. "Já tivemos uma no início do ano e nada de importante foi aprovado." Para ele, a melhor alternativa é mesmo a do esforço concentrado.

TIROTEIO
Do economista Luiz Paulo Rosemberg, sobre a insistência da equipe econômica de FHC em não mexer na taxa de juro:
- Por causa de um trauma de infância deles, o Cruzado, não baixam o juro. Vão para o inferno. O presidente tem de intervir. É gente, não é laboratório.

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