São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996
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Imprensa relatou tiroteio

ESPECIAL PARA A FOLHA

Na época da morte do líder da ALN (Ação Libertadora Nacional), Carlos Marighella, a imprensa destacou que ele foi metralhado depois de intenso tiroteio com a polícia, após ter resistido à ordem de prisão.
A manchete da Folha do dia 5 de novembro dizia: "Morto o chefe terrorista Marighella".
O texto da primeira página informava que "o ex-deputado Carlos Marighella, de 58 anos, chefe do movimento terrorista no país, foi morto ontem em São Paulo ao resistir à ordem de prisão que lhe era dada por agentes da Operação Bandeirante".
Segundo a edição da Folha, "Marighella foi alvo de uma rajada de metralhadora e faleceu imediatamente no próprio local, na alameda Casa Branca".
Ainda segundo a edição da Folha, ao ver-se cercado, Marighella "correu, tentando apanhar uma pasta no seu veículo. Um policial deu a primeira rajada para o ar, como advertência, mas Marighella não deu atenção, sendo então metralhado".
A "Folha da Tarde" do dia 5 de novembro de 69 noticiou a morte do líder da ALN com o seguinte título: "Marigella metralhado em SP depois de cerrado tiroteio".
O texto do jornal informava que "o chefe geral do terrorismo ocupava uma perua rural Willys de cor verde, nova e sem chapa. Tão logo desceu do veículo, para ir ao encontro de dois padres, recebeu ordem de se render".
O terrorista, entretanto, prossegue o texto da "Folha da Tarde", "correu para o Volks e tentou sacar de dentro de uma pasta os dois revólveres que portava. Neste instante, porém, ocorreu a fuzilaria, e Marighella acabou morto no interior do veículo".
A revista "Veja" de 12 de novembro de 69 trazia na capa a seguinte manchete: "O terrorismo morreu com Marighella?".
O reportagem da revista afirmava que "dois tiros atingiram seu rosto, mais um no ventre. E outro -o mortal, segundo a perícia- na perna, perfurando a artéria femural e provocando intensa hemorragia".
Segundo a edição de "Veja", o guerilheiro "nem chegou a pegar sua arma. O tiroteio de cinco minutos foi travado entre os policiais e cerca de treze homens que compunham o esquema de segurança de Marighella".

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