São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996
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Bomba fere cinco soldados israelenses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cinco soldados israelenses ficaram feridos ontem após a explosão de uma bomba no sul do Líbano.
Segundo fontes de segurança, uma bomba foi detonada por meio de controle remoto em uma estrada às 2h (hora de Brasília). O grupo fundamentalista pró-iraniano Hizbollah reivindicou o atentado.
A patrulha israelense se deslocava próximo da aldeia de Sojod, setor central da zona fronteiriça ocupada por Israel desde 1985.
Segundo a Rádio Israel, os soldados feridos foram internados no Hospital de Haifa. Pelo menos um dos soldados estava em estado grave.
Segundo declaração divulgada pela rádio do Hizbollah, a Voz dos Oprimidos, quatro soldados israelenses teriam morrido.
Foram as primeiras vítimas israelenses na área desde a operação militar israelense Vinhas da Ira, que durou 17 dias e matou pelo menos cem civis no Líbano.
Resposta
Em resposta ao ataque, o Exército de Israel bombardeou posições do Hizbollah nas colinas de Iqlim al-Tuffah, no sul do Líbano, durante pelo menos quatro horas.
As colinas ficam ao norte da área que Israel chamou de "zona de segurança", no sul do Líbano.
Ainda não se sabe se há vítimas. O ataque aéreo é o primeiro desde o cessar-fogo intermediado pelos Estados Unidos no último dia 27.
Os militares israelenses não falaram sobre a explosão, mas disseram que os aviões da Força Aérea atacaram "objetivos guerrilheiros" ao norte da "zona de segurança" e que os pilotos deram "golpes precisos".
Cúpula
O presidente egípcio Hosni Mubarak disse ontem não esperar que Israel conclua acordos de paz com a Síria e o Líbano este ano.
"A Síria, Israel e o Líbano querem a paz, mas não acho que cheguem a uma solução até o final do ano", disse em entrevista no Cairo (capital do Egito) que também contou com a presença do rei Hussein, da Jordânia, e do líder palestino Iasser Arafat.
Hussein declarou que estaria satisfeito se os locais sagrados de Jerusalém estivessem nas mãos "de nosso irmão Arafat ou nas mãos dos palestinos, que representam o mundo árabe e islâmico, sobretudo a Jordânia".
Os três líderes, que anunciaram outra reunião para a primeira semana de junho em Amã, decidiram criar um mecanismo permanente para garantir a coordenação e reforçar a solidariedade no processo de paz.
Ajuda
O primeiro-ministro libanês Rafik Hariri viajou ontem para Bruxelas, onde se reunirá com autoridades belgas e da União Européia para tentar arrecadar fundos para os programas de reconstrução de seu país, devastado pela guerra civil entre 1975 e 1990.
O ministro também apresentará às autoridades européias um relatório completo sobre os prejuízos sofridos pelo país após a operação Vinhas da Ira.

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