São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996 |
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Filho de Sócrates diz que fama não o atrai
VALMIR STORTI
Apesar de afirmar com convicção que a fama não o atrai, o filho de Sócrates é atencioso. Sócrates se destacou no Corinthians, onde foi campeão paulista em 79, 82 e 83 e era conhecido como "Doutor" por ser formado em medicina. As faixas enroladas nos tornozelos por fora dos meiões, presas com adesivo, davam a impressão de que outro garoto surgia da várzea para o lugar de Dener, morto em 94. A chance conseguida em um grande clube e o estrelato animaram Gustavo, mas não mexeram com o rapaz de 19 anos. Segundanista em direito na Universidade de São Paulo (USP), Gustavo não se constrange ao dizer que deixaria o futebol para se dedicar aos estudos, se precisasse. "Estou conciliando as duas coisas, mas o estudo é mais seguro e quero um dia ser juiz." Entre os filhos de craques que seguiram os passos dos pais, Gustavo se "filiou" à ala dos rebeldes, de Júnior. Ao invés de seguir os passos de Edinho, que enfrentou o estigma de jogar no clube de seu pai, Pelé, Junior começou uma carreira no Guarani e agora treina no Fluminense, rival do Flamengo de seu pai, Zico. "Jogaria no Corinthians sem problemas, mas acho que, na Portuguesa, seria mais bem recebido. A sombra de meu pai me acompanhará onde eu for." Sem ter o que fazer em São Paulo de dia, Gustavo perguntou ao ex-zagueiro Juninho, auxiliar na Portuguesa, da possibilidade de treinar depois de três anos longe dos gramados. Canhoto, queria a meia-esquerda e a camisa 10, que já foi de Dener, mas, com características opostas às do pai, só foi aprovado como volante, marcando no meio-campo, mas com liberdade para atacar. "Ele é pegador e rápido para chegar ao ataque", diz o técnico Macalé. Texto Anterior: Ouro no futebol custa US$ 3 mi Próximo Texto: São Paulo usa de novo 3 atacantes Índice |
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