São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Aperfeiçoamos o projeto, diz Elcio Alvares
RAQUEL ULHÔA Alvares diz que o presidente pediu apenas que o Senado votasse o projeto em regime de urgência.Ele diz que os senadores "aperfeiçoaram" o projeto. A seguir, principais trechos da entrevista: Folha - O Senado está sendo acusado de ter dificultado o encaminhamento dos crimes militares para a Justiça comum porque 33 senadores são ex-governadores e teriam cedido ao lobby da Polícia Militar dos Estados. Houve pressão? Elcio Alvares - O deputado Bicudo está fazendo patrulhamento. Ele tem de entender que o Senado votou inteiramente consciente. O que fizemos foi aperfeiçoar o projeto. O deputado tem de aceitar a decisão do Senado. Folha - O presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmou seu apoio ao projeto do deputado Bicudo. Isso significa que os líderes do governo no Senado não seguiram a orientação do presidente? Alvares - Todos somos solidários com o Plano de Direitos Humanos do presidente. Mas não podemos é colocar qualquer conotação político-partidária debaixo do pano dos direitos humanos. O presidente respeita a independência do Senado. Eu, como líder do governo, ouço os outros líderes. E houve unanimidade entre os líderes no sentido de alterar o projeto. Eu não sou Dom Quixote para lutar contra moinhos. Folha - O presidente disse que queria o projeto de Bicudo? Alvares - A orientação do governo era para que a matéria tramitasse em regime de urgência. Folha - Qual era o problema do projeto Bicudo? Alvares - O projeto inibia a ação policial porque encaminhava para a Justiça comum todos os crimes militares. Texto Anterior: Às cegas Próximo Texto: Os crimes militares Índice |
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