São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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Acesso ao metrô pode ser livre

DA REPORTAGEM LOCAL

Os metroviários ameaçam fazer nova paralisação hoje. O motivo é o não-pagamento, por parte do Metrô, do adiantamento de 35% dos salários que a categoria recebe todo o dia 15.
Segundo o presidente do sindicato dos metroviários, Pedro Augustinelli Filho, se o dinheiro não for depositado, a categoria vai permitir a passagem livre de passageiros pelas catracas.
"Uma nova paralisação só vai ser iniciada em último caso, pois não queremos prejudicar a população", afirmou Augustinelli.
Para o sindicalista, o não-pagamento do adiantamento salarial foi uma "retaliação" do Metrô contra a greve de um dia realizada anteontem.
Ontem de manhã, a direção do Metrô divulgou nota onde afirma que, em virtude da greve, a empresa não conseguiu autorizar em tempo hábil o Banespa a depositar os salários nas contas dos funcionários.
Segundo a empresa, os cheques dos funcionários que caíram ontem seriam cobertos pelo banco sem a cobrança de multas ou juros.
Em protesto contra o não-pagamento dos salários, os funcionários das áreas de manutenção interromperam o trabalho ontem de manhã. Não houve prejuízos para a circulação de trens, mas algumas unidades ficaram paradas no pátio de manutenção sem poder rodar.
Multa
O Metrô decidiu aguardar a publicação da sentença do Tribunal Regional do Trabalho para decidir se vai entrar com recurso contra ela no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.
O TRT arbitrou um aumento de 16% para a categoria, enquanto a empresa oferecia 4,44% e um abono de R$ 2.000,00, pago em duas vezes.
Verbas
Ontem, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luiz Carlos Mendonça de Barros, veio a São Paulo para assinar a liberação de U$ 700 milhões para obras do Metrô.
O dinheiro deverá ser usado para a finalização das linhas Norte. Estão previstas a entrega das estações Jardim São Paulo, Parada Inglesa e Tucuruvi.
Participaram da solenidade, que foi realizada no palácio dos Bandeirantes, o ministro do Planejamento, José Serra, e o governador Mário Covas.

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