São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Policial que sacou arma é carcereiro
BETINA BERNARDES
Sanches exerce atualmente a função de carcereiro no 81º Distrito Policial, no Belém (zona leste da cidade). O policial exibiu o revólver após uma suposta fechada que teria levado do motorista do Uno na radial Leste, próximo à estação Vila Matilde do metrô (zona leste da cidade). Sanches estava numa moto. O policial disse que agiu assim porque queria dar voz de prisão ao motorista por ele estar praticando direção perigosa. Sanches deve ser exonerado devido a um processo administrativo da Polícia Civil. Ele foi preso em 95 por porte de entorpecente. Mesmo com a exoneração, o delegado geral de Polícia Civil, Antonio Carlos de Castro Machado, determinou a abertura de uma sindicância administrativa para apurar a briga de trânsito. Sindicância Pelo artigo, constitui infração o policial civil exibir desnecessariamente arma, distintivo ou algema. A sindicância vai apurar também se houve ameaça e abuso de poder, infrações também previstas na lei. Estágio Sanches foi admitido na Polícia Civil em agosto de 94. Ele ainda está no estágio probatório. O estágio dura dois anos. Durante esse período, é averiguada a conduta do policial e se seu perfil se encaixa nas exigências profissionais. Após a prisão por porte de droga, ele foi liberado, em outubro de 95. Em março deste ano, o processo administrativo chegou à Secretaria da Segurança Pública, com pedido de exoneração "a bem do serviço público". Ele completa 25 anos de idade no mês que vem. No dia da briga, Sanches disse que estava na moto, uma Honda CB 450 cilindradas, por causa da greve do metrô. O Uno que teria dado a suposta fechada em Sanches tinha o logotipo da Nestlé. A empresa informou que o motorista não queria falar sobre o assunto nem ter seu nome divulgado. Texto Anterior: Médicos-residentes param no HC Próximo Texto: Celas com vista para a rua custam mais Índice |
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