São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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Castor é transferido após descoberta de mordomias

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Por decisão do diretor da Polinter, José Amim, o "banqueiro" do jogo do bicho Castor de Andrade foi transferido ontem às 17h30 do Ponto Zero, em Benfica (zona norte do Rio), para o 18º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Jacarepaguá (zona oeste do Rio).
A transferência foi autorizada pela 3ª Câmara Criminal. Há cinco meses, Castor entrou com pedido de prisão domiciliar no órgão. O pedido foi negado.
Há um mês, o contraventor apresentou laudo particular alegando problemas cardíacos. O relator do processo, desembargador Joaquim Mouzinho, exigiu laudo oficial. Semana passada, o Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) forneceu o laudo, confirmando a doença.
Por ser contra a transferência, o relator colocou o caso em votação. Os sete desembargadores do órgão negaram a prisão domiciliar, mas concederam a transferência de Castor.
Redução da pena
O mesmo órgão julgou e deu parecer favorável a um recurso pedindo a redução da pena do contraventor de oito anos para três anos.
O genro de Castor, Fernando Inácio de Miranda, também foi beneficiado, e sua pena caiu de cinco anos e meio para três anos de prisão. Castor e Inácio são acusados de tentativa de suborno.
O sócio de Castor, Inaldo Santana, teve a pena de cinco anos mantida. Inaldo é acusado de tentar subornar o delegado Mário Covas, em 1994.
Prisão especial
Na terça-feira, foram encontrados na cela de Castor um telefone celular, R$ 15.300 e quatro facões para churrasco. A cela estava também tinha ar-refrigerado.
Manoel Vidal, corregedor-geral de Polícia Civil, disse que a lei de prisão especial não proíbe o uso de objetos como telefones celulares e aparelhos de ar-condicionado na prisão.

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