São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Missão dos EUA ainda estuda o mercado
DA SUCURSAL DO RIO "Temos que vir com produtos com preços apropriados. Quais vão ser, ainda não temos a resposta", diz Gordon Cloney, do Conselho Internacional de Seguros dos EUA, que define a entidade como uma associação de comércio norte-americana que trabalha nos mercados internacionais.Ele informou que são três as razões para a vinda da missão ao Brasil: procurar oportunidades de negócios e manter contato com as companhias brasileiras; informar-se sobre as mudanças que estão acontecendo no mercado; e estar no país na hora em que o governo faz importantes mudanças. Cloney disse que a disposição do ministro da Saúde, Adib Jatene, de obrigar que os seguros cubram doenças infecto-contagiosas, entre elas a Aids, certamente vai aumentar o custo dos seguros. "Esta é uma questão complicada para o ramo de seguros em todo o mundo. Estamos interessados em saber como vai-se desenvolver aqui. Mas é lógico que o processo de seguro tem de gerar lucro para pagar o que está sendo segurado", disse. Outra área atraente para as seguradoras norte-americanos é a previdência privada, segundo Cloney. Ele disse que já há interesse na Argentina e no Chile, onde há previdência privada aberta a capital estrangeiro e "possibilidades no México e Colômbia". Cloney disse que o Brasil, "que está se movendo para a privatização", também é um mercado importante. "Isso é grande parte do negócio de seguros nos EUA e é um dos interessantes fenômenos da privatização", disse. O Conselho Internacional de Seguros também está buscando informações sobre a possível quebra do monopólio do resseguro (o seguro do seguro), que hoje é exercido no país pelo IRB (Instituto de Resseguros do Brasil). Ontem, o Senado aprovou, em primeiro turno, a quebra do monopólio do IRB. O projeto passou na Câmara. Jatene Ontem, o ministro Adib Jatene disse que as propostas de mudanças na legislação que regulamenta os planos e seguros de saúde deverão ser feitas através de projeto de lei enviado ao Congresso, e não por medida provisória. Jatene explicou que as proposições foram enviadas ao Conselho Nacional de Saúde, para exame. Somente depois que o conselho se manifestar o ministro informará definitivamente o conteúdo do projeto. "Há a intenção de tirar dos planos as exclusões e ter um plano padrão, que não tenha exclusões nem sobre doenças pré-existentes nem sobre Aids, próteses importadas usadas no ato cirúrgico e inseminação artificial", afirmou. Segundo Jatene, a mesma proposta exclui procedimentos estéticos, emagrecimento para fins estéticos, epidemias de abrangência importante identificada pelas autoridades da área. Texto Anterior: O Congresso e o nosso dinheiro Próximo Texto: Presidente da BM&F desiste de recurso Índice |
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