São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Não faliu!

CARLOS SARLI

O Brasil é a terceira potência no surfe. Disputamos de igual para igual com as maiores forças, EUA e Austrália.
Em algumas disputas por equipes, já chegamos em segundo, como nos Mundiais amadores do Japão em 90, da França em 92 e do Brasil em 94.
Novidade? Não. Quem acompanha, ainda que de longe, o esporte, sabe que é a condição brasileira no cenário mundial.
Se considerarmos o momento, o quadro é promissor. Nunca tivemos tantos competidores entre os melhores do mundo.
Nesta semana, recebi nota oficial assinada por Roberto Perdigão, diretor executivo da Abrasp (Associação Brasileira de Surfe Profissional), abominando a matéria intitulada "O Surfe Brasileiro Faliu?", publicada na mais recente edição da revista "Hardcore".
"Com o objetivo claro de querer fazer sensacionalismo com fins comerciais, a 'Hardcore' extrapolou na sua inconsequência ao dar o título que deu à matéria. Inclusive, as pessoas que assinam cada parte desse artigo, com uma única exceção, não têm background no mundo do surfe para tecer comentários com tal profundidade. Isso, por si só, dá provas da falta de ética e respeito que a revista dispensa, na edição de abril, aos seus leitores e às pessoas e empresas envolvidas no segmento surfe."
Mais detalhada, a nota veio acompanhada de gráficos que, entre outros dados, mostravam a evolução na premiação do circuito nacional de 1987 com US$ 50 mil para US$ 260 mil em 96.
Se nossos competidores ganham respeito e dinheiro nas disputas internacionais e aumentam de número consideravelmente, as competições no país estão oferecendo melhores condições para os profissionais, onde estaria embasada a publicação de tal artigo?
Não é "privilégio" do setor ter empresas mal das pernas. Dentro da indústria, bons fabricantes de pranchas nunca tiveram tantos pedidos.

Texto Anterior: Velho Lobo do fut devolve o tchan do Romário
Próximo Texto: Constância; Brasil no Japão; Até que enfim
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.