São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996
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Que Copa, Brasil!

JUCA KFOURI

Se o Grêmio tem o que reclamar da atuação do árbitro goiano Antônio Pereira da Silva, que não marcou um pênalti claro em Jardel e expulsou injustamente Dinho de campo contra o Corinthians, o Inter nada pode contestar na boa arbitragem do sergipano e flamenguista Sidrack Marinho no jogo com o Flamengo. Muito menos do comportamento exemplar dos quase 50 mil rubro-negros que fizeram só festa no Maracanã.
A Copa do Brasil está sensacional. Flamengo e Cruzeiro e Grêmio e Palmeiras serão jogos para lotar estádios.
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Vale repetir que a Copa do Brasil foi a única inovação digna de elogios na gestão de Ricardo Teixeira na CBF. E seria ainda melhor se não tivesse que conviver com os cada vez menos importantes campeonatos estaduais, constatação que uma simples olhada na média de público de uma e de outros permite fazer sem entrar em achismos. O mercado aprova a Copa do Brasil e rejeita os estaduais.
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Aliás, já foi encontrado quem pode fazer frente ao Palmeiras. O burro calendário nacional. Foi só a máquina verde começar a jogar três vezes por semana para cair de rendimento e se transformar apenas num bom time, nada mais que isso. Até o Rio Branco dificultou a vida alviverde.
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Marcelinho marcou 37% dos gols do Corinthians no Paulistão. Giovanni marcou 30% dos gols do Santos. Valdir fez 29% dos tentos são-paulinos e Tiba, 27% dos da Portuguesa. Já o artilheiro do campeonato, Luizão, marcou "apenas" 22% dos gols palmeirenses, muito mais bem divididos entre ele, Rivaldo, Muller e Djalminha. Mas foi só por isso que escrevi dias atrás que Luizão precisa melhorar nos arremates a gol. Com a média de Marcelinho, por exemplo, ele teria marcado nada menos que 34 dos 94 gols verdes.
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A direção do Palmeiras não gostou nem um pouco do novo arranjo do hino alviverde no CD da revista "Placar". E quer simplesmente proibi-lo. Gosto não se discute, mas censura não se admite.
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Por sinal, o Clube dos 13 alega que não cedeu os direitos dos hinos para o CD e pensa em acionar a revista. É seu direito.
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Finalmente, a "Placar" deste mês está imperdível.
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Casagrande pode virar comentarista na TVA.

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