São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hill tenta 'pole estratégica' na F-1

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A MÔNACO

Damon Hill é o inimigo a ser derrotado na F-1 hoje. Caso obtenha a pole na sessão oficial, pode estragar a 54ª edição do GP de Mônaco.
A classificação acontece a partir das 8h (de Brasília). E, se a lógica da categoria prevalecer, valerá a pena acordar mais cedo.
Uma boa posição de largada nas ruas de Monte Carlo é fundamental e se o líder do Mundial arrancar na frente é pouco provável que tenha adversários na corrida de amanhã.
Na pole, Hill estaria dando um grande passo na busca de sua primeira vitória no tradicional circuito, onde seu pai, Graham Hill, brilhou na década de 60.
Cinco vitórias valeram ao bicampeão mundial a alcunha de "Mr. Mônaco", título que só perdeu em 1993, quando Ayrton Senna venceu pela sexta vez.
Michael Schumacher, porém, promete dificultar o sonho do rival da Williams. Mesmo com um 11º tempo nos treinos livres de quinta-feira, o ferrarista confirmou que, hoje, "a coisa será diferente".
Coadjuvantes nessa disputa particular, pilotos da Benetton, McLaren e Jordan podem conseguir uma boa posição no grid se alguém errar, o que não é incomum em Mônaco.
Sem áreas de escape e muito estreito, o traçado do principado quase não dá margens a correções ou segundas tentativas.
Uma situação crítica, ainda mais a partir desta temporada, quando a classificação acontece em uma única sessão -apesar do uso do carro reserva ser permitido, um paliativo em um treino de apenas uma hora de duração.
Ontem, mesmo com a ausência de atividade na pista, as equipes mantiveram o ritmo de trabalho.
A maioria dos pilotos, porém, deu um jeito de não aparecer ou se camuflar entre os mecânicos. Caso particular no calendário, Mônaco é a corrida onde o público mais tem acesso ao paddock.
Dilatador
Para poder respirar melhor na pista, Rubens Barrichello vai testar hoje um "dilatador nasal" nos treinos que antecedem a classificação do GP de Mônaco.
A novidade parece mais uma espécie de curativo, tipo "Band-Aid", só que dotado de uma haste. Colada por cima do nariz, a tal haste força a abertura das vias respiratórias.
Barrichello adquiriu um desvio no septo nasal depois do acidente que sofreu em San Marino, em 94.
Segundo o fabricante, o "dilatador" incrementa em 30% a respiração de um atleta em exercício.
"O desgaste físico é muito grande e em algumas curvas você não consegue respirar", disse o piloto.

NA TV - Treinos classificatórios, Globo, ao vivo

Texto Anterior: Batida mata o pole das 500 Milhas
Próximo Texto: Técnico testa reservas do Brasil contra Cuba pela Liga Mundial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.