São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Poluição do ar dá prejuízo econômico

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um ataque de asma decorrente da poluição atmosférica pode gerar, nos Estados Unidos, prejuízo médio de pelo menos US$ 91 ao doente, caso ele tenha de se afastar do trabalho.
Dados do estudo "Air Polution on Health and Visibility" (Poluição do Ar na Saúde e Visão), realizado nos Estados Unidos em 1991 pelos pesquisadores Chestnut e Rowe, mostram que quem tiver uma crise súbita de asma por causa da poluição vai gastar entre US$ 10 e US$ 59 no tratamento. Esse custo é calculado por dia.
Se o asmático tiver que faltar ao trabalho, acrescente-se ao custo do tratamento um prejuízo médio de mais US$ 81.
Uma dor de cabeça, também causada pela poluição do ar, vai consumir do enfermo, de acordo com o mesmo dossiê, de US$ 5 a US$ 22. O tratamento de uma tosse é em média mais barato. Custa de US$ 4 a US$ 9 por dia.
Outro exemplo do prejuízo econômico na saúde: os custos anuais, relativos à poluição do ar na Cidade do México, a terceira maior metrópole do mundo, são estimados em mais de US$ 1,5 bilhão.
Mas não é só na saúde que são registrados prejuízos por causa da poluição. Em Nova York, por exemplo, os congestionamentos consumiram US$ 6,6 bilhões em combustível.
Os dados foram retirados da International Union of Public Transport Magazine (Revista da União Internacional de Transporte Público), relativos ao ano de 1990. Levam em conta o período que o carro fica parado com o motor ligado.
Ainda nesse ano, a mesma pesquisa publicada na revista registra que os congestionamentos queimaram US$ 7,7 bilhões em Los Angeles, cidade considerada mundialmente a meca do automóvel.
Na agricultura dos Estados Unidos, segundo o estudo Atmospheric Polution, do pesquisador D. Elson, de 1989, o impacto das perdas é de US$ 1 bilhão por ano.
O prejuízo é estimado em razão da alta concentração de oxidantes fotoquímicos na atmosfera, resultantes do lançamento no ar de partículas de derivados de petróleo.
Esses oxidantes, revela o estudo, não deixam a agricultura se desenvolver no ritmo razão que deveria.

Texto Anterior: GM emprega 745 mil pessoas no mundo
Próximo Texto: Trânsito de Pequim exige olhos grandes
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.