São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Conheça o óleo adequado para o motor

ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O tipo de óleo lubrificante do motor e o tempo específico da troca estão indicados na maioria dos manuais do proprietário.
Luís Vaisman, gerente da empresa Castrol, esclarece que o óleo lubrifica as peças do motor, diminuindo o atrito. Ele também absorve o calor gerado pelo motor, limpa, protege contra corrosão e auxilia na vedação.
Os lubrificantes encontrados no mercado são divididos por grau de aditivação e viscosidade.
Segundo Vaisman, as características de um lubrificante são classificadas pelo Api (American Petroleum Institute). O código se subdivide em duas categorias: gasolina e álcool, indicados pela letra "S", e a diesel, letra "C".
Ele diz que uma segunda letra, obedecendo à ordem alfabética, indica o serviço que o motor pode executar, por ordem crescente de qualidade. "O óleo SH supera um SF e confere maior proteção."
Já os graus de viscosidade são classificados pela Sae (Society of Automotive Engineers) e também são divididos em dois grupos: inverno ou verão.
A viscosidade dos óleos de inverno é medida em baixas temperaturas e se divide de 0W a 25W (a letra W -winter- identifica óleos de baixa temperatura). O número que segue a letra "W" pode ir de 20 a 60.
Quanto maior a diferença entre os números, maior a faixa de aplicação do lubrificante.
Troca do óleo
O preparador de motores Vinicius Losacco recomenda checar o óleo semanalmente e antes de viagens. A troca deve acontecer a cada seis meses ou 5.000 quilômetros.
Losacco afirma que a checagem deve ser feita em local plano e com o motor desligado. "As medidas feitas nos postos apontam um nível abaixo do real."
Ele recomenda não misturar os tipos e marcas de óleo para não prejudicar a lubrificação.
Completar o óleo usado com novo também não é aconselhável. Em casos excepcionais, o preparador indica o aditivo Bardahl B-12, que, segundo ele, se mistura perfeitamente com o óleo usado.
Sintéticos
Existem lubrificantes no mercado que não são recomendados pelos fabricantes de veículos.
Flávio Luiz Amadei, da assistência técnica da VW, diz que as concessionárias têm uma tabela com os óleos recomendados.
Ele esclarece que a fábrica não recomenda o uso de óleo sintético, devido ao elevado custo e à maior necessidade de trocas.
Para o engenheiro Cyro Antonio Gallão Filho, da Motul, os sintéticos garantem sobrevida aos motores. A única restrição é para motores velhos, em fim da vida útil.

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