São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 1996 |
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PFL não volta atrás para apoiar Serra
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Entre os pefelistas, tanto dirigentes estaduais, pró-Maluf, quanto federais, pró-PSDB, acham muito difícil o partido voltar atrás no apoio dado ao candidato do PPB, Celso Pitta. "O apoio ao PPB é irreversível. Palavra dada só existe uma. Não vamos quebrá-la", diz o presidente do PFL paulista e ex-secretário da Agricultura do governo Covas, Antônio Cabrera. Fato consumado Em conversa ontem, o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, disse ao coordenador da bancada de deputados federais do partido, Maluly Neto, que não há mais nada a fazer quanto ao apoio ao PPB: "É um fato consumado". Ontem, entre os tucanos, circulara o rumor de que Sérgio Motta tinha dito a Serra que conseguiria reverter a posição pefelista. Até ontem, entretanto, não havia sinais de que a cúpula nacional do PFL pretendesse intervir para forçar o apoio ao tucano. Mesmo assim, um pefelista lembra que o estatuto partidário prevê a intervenção federal em várias hipóteses. Entre elas, para obrigar o cumprimento "da linha política-partidária". Sem intervenção, a única esperança dos tucanos seria obter maioria na convenção municipal pefelista no dia 16. Mas os votos estão vinculados a deputados estaduais e federais, pró-PPB. "É irreversível. O PFL já tomou uma posição e não pode voltar atrás sob pena de se desmoralizar completamente", afirma o deputado federal Corauci Sobrinho. Em caso de haver divergências dentro do PFL paulista, a primeira demonstração pública deverá ocorrer na próxima sexta. É quando o PFL tem reunião marcada para escolher o vice da chapa do PPB. PFL culpa Covas Os pefelistas culpam o PSDB e, mais especificamente Covas, pelo fato de terem desistido de apoiar o tucano. Dizem que o governador se negou a negociar o apoio do PFL ao candidato de seu partido. Os pefelistas queriam que Covas apoiasse candidatos a prefeito do PFL em várias cidades do interior paulista, como Ribeirão Preto, Sorocaba, Itapetininga, São Carlos, Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto. O PSDB não negociou o apoio, mas Maluf o fez. E ficou com o tempo do partido na TV. Texto Anterior: Projeto de poder do PSDB foi decisivo Próximo Texto: Cúpula pefelista se surpreende Índice |
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