São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 1996
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Cliente opta por plano mais barato

FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Salvador Luna Moreno, 58, representante de vendas, ficou indignado com o reajuste de 28% na prestação do plano de saúde da Amil para o mês de junho.
Ele pagava até o mês passado R$ 117,65 pelo seu plano de saúde. Neste mês recebeu uma nova fatura no valor de R$ 150,27. Decidiu então mudar de convênio médico na semana retrasada.
"Isso é um roubo. A Amil já havia reajustado os preços há menos de seis meses." Em janeiro, conta, ele pagava R$ 114,26 pelo plano da Amil.
Agora, com o convênio médico da Medial, ele vai gastar bem menos: R$ 83 por mês com convênio saúde. Como é praxe no mercado, a empresa incorporou a carência do plano antigo.
Antonio Jorge Kropf, diretor da Amil, diz que o reajuste de preço para o conveniado é sempre anual.
"O que pode ter havido neste caso é que o cliente pagava menos porque tinha desconto promocional."
Insatisfação
Umbelina de Sousa, 44, cozinheira, é outra que está insatisfeita com os aumentos de preços praticados pelas empresas de convênio médico.
Ela não gostou do aumento de 23% na mensalidade do seu plano de saúde da Golden Cross para este mês.
No mês passado, ela pagou R$ 65. Neste mês a nova mensalidade subiria para R$ 79,99.
Por essa razão, assim como Moreno, ela decidiu trocar a Golden Cross pela Medial, que cobrou dela mensalidade de R$ 45.
"A Golden Cross é uma boa empresa de convênio médico só que abusou no aumento de preço. Assim, optei pela Medial que cobra menos e ainda cobre as carências."
A Golden Cross informa que reajustou os preços porque os seus custos também aumentaram.
Entre eles destaca: folha de pagamento, despesas gerais de administração, medicamentos, honorários médicos, diárias hospitalares e despesas com exames.
A empresa informa que o IPC-Saúde Geral foi de 97% nos últimos 24 meses. Já o IPC Saúde Serviços Médicos foi de 117% também nos últimos 24 meses.
Médicos
Médicos que trabalham com empresas de convênio saúde informam que não embolsaram nem um tostão a mais por conta dos aumentos de preços anunciados pelas empresas de planos de saúde.
(FF e MCh)

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