São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996 |
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Vendas aumentam 40% em maio em SP
MÁRCIA DE CHIARA
Maio fechou com crescimentos de 39,9% no número de consultas recebidas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), termômetro do crediário, em relação a igual período do ano passado, e de 24% na comparação com o mês anterior, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em abril de 96, a alta havia sido de 24,7% sobre o mesmo período de 95. Além de comprar mais a prazo, o consumidor inadimplente decidiu, no mês passado, "limpar o nome na praça". A ACSP registrou, em maio, 95.280 cancelamentos de carnês com prestações atrasadas -o maior número registrado desde 1960. Na comparação com abril, a reabilitação do crédito cresceu 32,5%. "O consumidor está reabilitando o crédito porque quer voltar a usar os financiamentos de longo prazo", diz Emílio Alfieri, economista da entidade. A inadimplência também recuou em maio, segundo a ACSP. O número de consumidores com atraso superior a 30 dias no pagamento do crediário foi de 176.857 no mês passado. Isso representa uma queda de 14,4% em relação ao que foi registrado em abril. Na comparação com maio de 95, a inadimplência deste ano ainda é 22,6% maior. "Os números mais favoráveis de registros cancelados podem sinalizar uma melhora na inadimplência, mas o patamar de clientes negativos ainda é elevado", diz Elvio Aliprandi, presidente da entidade. As vendas à vista, segundo dados da ACSP, continuaram perdendo fôlego em maio. No mês passado, o total de consultas ao Telecheque foi 29,1% maior na comparação com maio de 95 e 12,9% acima do de abril deste ano. Na análise de Alfieri, está ocorrendo uma migração da compra à vista para o crediário. Falências Enquanto os indicadores de vendas e inadimplência mostram recuperação do poder de compra do consumidor, do lado das empresas a situação ainda é crítica. Maio fechou com 1.421 falências requeridas em São Paulo, 8,7% mais do que abril e muito próximo do recorde histórico registrado em março deste ano (1.455). As falências decretadas somaram 154 no mês passado, com crescimento de 35,1% na comparação com abril. As concordatas requeridas totalizaram 18 em maio, 20% acima das registradas no mês passado. Segundo Aliprandi, a situação financeira das empresas continua preocupante por causa das altas taxas de juros e da falta de linhas de crédito. (MCh) Texto Anterior: Automóvel é tema de ciclo de marketing Próximo Texto: Redução das vendas assusta empresários Índice |
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