São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996
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"Calote quem dá é rico", diz presidente

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que "calote quem dá é rico".
A afirmação de FHC seguiu-se à do ministro do Meio Ambiente, Gustavo Krause, para quem "a propensão ao calote é diretamente proporcional ao nível de renda".
As declarações foram feitas no Palácio do Planalto, durante cerimônia em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
FHC disse que "os estudos mostram que o calote não é próprio do povo(...). As camadas mais pobres são as que melhor pagam, pagam com constância".
Ao afirmar que os caloteiros são os ricos, FHC fez uma ressalva: "Nem todos, ainda bem".
E continuou: "Mas, na verdade, há muito maior propensão ao calote numas certas camadas da população do que nas outras. A expressão é extraordinária".
FHC aproveitou a solenidade para pregar mudanças nos critérios de financiamento dos bancos.
O presidente destinou R$ 24 milhões para financiamento direto de 180 mil famílias da Amazônia ligadas ao extrativismo e à pesca.
"Acredito que é fundamental entender que, hoje, a função de financiar deixa de ser financiar apenas os grandes. Temos que financiar as pessoas que precisam."
"É bom que os grandes bancos, pouco a pouco, aprendam a financiar os muito pequeninos."

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