São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996
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Estado também quer vistoriar veículos

DA REPORTAGEM LOCAL

O Estado e a Prefeitura de São Paulo retomaram ontem a disputa por um mercado que envolve pelo menos R$ 80 milhões por ano, o de inspeção do nível de emissão de poluentes dos carros.
Ontem, um dia após a aprovação do rodízio de carros, os secretários estadual e municipal do Meio Ambiente anunciaram que vão implantar programas próprios de inspeção.
Junto com o projeto que instituiu o rodízio a partir de 5 de agosto foi aprovada emenda que exige para 97 a apresentação do atestado de emissão de poluentes na hora de o proprietário licenciar seu carro.
Cerca de 4,5 milhões de carros terão de passar pela inspeção anualmente na cidade de São Paulo. O município quer cobrar R$ 19,50 por atestado. O Estado não definiu o preço.
O programa estadual deverá ser lançado nos próximos dois meses, segundo o secretário estadual do Meio Ambiente, Fábio Feldmann.
O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Werner Zulauf, não quis comentar a decisão de seu colega, mas disse que a inspeção feita pelo Estado não inviabiliza a inspeção municipal.
Na prática, a decisão de Feldmann tira da Vega Sopave, vencedora da licitação promovida pela prefeitura, a exclusividade dos testes de emissão de poluentes.
Feldmann quer que a inspeção estadual nas cidades pequenas seja "descentralizada, com a participação de várias empresas".
Ainda não está claro se, caso implantados os dois sistemas, o proprietário do veiculo poderá optar por um dos dois serviços ou terá que vistoriar seu carro na prefeitura e no Estado.

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