São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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'Grudam' depois da separação

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles foram vítimas da "síndrome da atração fatal" -aquela que leva algumas mulheres a perseguir seus ex-namorados (ou maridos), até o desespero (deles).
"Aconteceu comigo muito recentemente", diz o empresário Ricardo Nave, 26.
"Tive um caso rápido com uma mulher que me persegue até hoje. Ela descobre sempre para onde eu vou e aparece. É impressionante"
O pior é que Ricardo tem outra namorada. "Vejo aquele fantasma e não posso dar bandeira", afirma.
"Se reajo com cara feia, ela parece gostar mais ainda", diz.
Ele já pensou em procurar a moça, para ver se resolve tudo na conversa, mas a experiência o brecou.
"Conheço esse tipo de mulher. Só com o tempo vou ter sossego", acredita.
Com o bancário Márcio Ribeiro, 38, aconteceu o contrário. Quem o perseguia era a mulher oficial -quando virou ex.
"Deixei-a por uma menina dez anos mais jovem e ela nunca mais me perdoou", lembra.
Quando não podia segui-lo pessoalmente, na rua, a mulher de Márcio fazia surpresas.
"Ela furava os pneus do meu carro, passava trotes dizendo que alguém da minha família estava internado em estado muito grave e chegou até a interceptar a minha correspondência", afirma o bancário.
Ele tentou se mudar para o interior, mas não adiantou nada.
"Ela foi atrás, dizendo que os nossos filhos precisavam do pai perto."
"Tive que pedir auxílio a polícia para dar uns sustos nela", conta. "Fazê-la voltar ao normal não foi fácil."

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