São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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Fluxo de investimento direto é recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

O fluxo internacional de investimentos diretos cresceu 46% no ano passado, atingindo o recorde de US$ 325 bilhões. No ano anterior, havia sido de US$ 222 bilhões.
Os dados foram divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como parte das estimativas preliminares do Relatório dos Investimentos Mundiais.
Os países industrializados receberam US$ 216 bilhões em investimentos externos diretos no ano passado, depois dos US$ 130 bilhões de 94.
Os Estados Unidos saíram na liderança, com o recorde de US$ 75 bilhões de investimentos externos recebidos, frente aos US$ 49 bilhões de 94.
Também o investimento direto feito pelos Estados Unidos no exterior foram recorde em 95, atingindo US$ 97 bilhões, na comparação com os US$ 46 bilhões de 94.
China
Os investimentos estrangeiros diretos nos países em desenvolvimento também cresceram no ano passado, embora menos do que nos desenvolvidos -passaram de US$ 86 bilhões em 94 para o recorde de US$ 97 bilhões em 95.
Novamente a China recebeu a maior parte do dinheiro, atraindo US$ 38 bilhões em capital externo direto no ano passado, depois dos US$ 34 bilhões de 94.
Já os investimentos diretos externos feitos na Europa do leste e central dobraram, para atingir cerca de US$ 12 bilhões no ano passado.
Segundo a Organização das Nações Unidas, o aumento no fluxo de investimento direto internacional reflete a recuperação econômica, principalmente a vivenciada em países desenvolvidos no ano passado.
Em 95, muitos países saíram da recessão do início da década e aprenderam a lidar com a maior pressão competitiva da economia globalizada.
Essa pressão força todas as empresas, inclusive um crescente número de companhias transnacionais dos países em desenvolvimento, a se tornarem mais ativas internacionalmente por intermédio do investimento direto ou outros meios.
"O nível recorde de investimentos diretos internacionais em 1995 sugere que pode estar se acelerando o processo de globalização da produção das empresas transnacionais ", diz relatório da ONU publicado pelo jornal inglês "Financial Times".
Fortalecimento
Aconteceu ainda, segundo o relatório da ONU, uma nova onda internacional de fusões e aquisições empresariais.
Mas, enquanto as fusões no final da década de 80 se davam com o objetivo de obter ganhos no mercado financeiro, a verificada no ano passado tem como meta o fortalecimento das companhias para a competição globalizada.
Não só as gigantes do setor químico, farmacêutico e financeiro se uniram em 95, diz a ONU -também pequenas e médias partiram para as fusões internacionais.

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