São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 1996
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Garota de 14 anos é um dos voluntários

Irmão de Francisco Rossi também trabalhou

DA REPORTAGEM LOCAL

Juliana Santos, 14, filha de uma funcionária do Hospital Regional de Osasco, passou a tarde de ontem com outros voluntários removendo as macas que chegavam e saíam do hospital em helicópteros e ambulâncias.
"Minha mãe me ligou dizendo que precisavam de ajuda, e eu vim. Eu fazia curso de enfermagem e quero ajudar", disse.
Como ela, vizinhos do hospital, estudantes, moradores e vereadores da cidade apareceram no hospital como voluntários. Segundo o diretor do hospital, José Maria Moreira, 52, foram tantos que chegaram a atrapalhar o atendimento.
Também cabia aos voluntários correr pelos corredores do hospital tentando localizar parentes das vítimas e atender pessoas que os agarravam em busca das vítimas que supunham ter sido atingidos pelo desabamento.
Uma funcionária do protocolo do hospital deixou seu setor para ajudar a socorrer os pacientes. "Tenho noções de primeiros socorros e sou bem mais útil aqui", afirmou.
O vereador Altino Rossi, do PDT, irmão do candidato à prefeitura de São Paulo Francisco Rossi, também estava entre os que levavam e traziam as macas.
Segundo ele, os outros 20 vereadores de Osasco suspenderam a sessão da Câmara Municipal e se dividiram entre o shopping e o hospital.
Formado em propaganda, ele só ajudou na remoção dos pacientes. "Fico aqui até quando for necessário", afirmou.
Maurício Ferreira, 18, estudante, decidiu ser voluntário quando ouviu a notícia no rádio.
"Disseram que precisavam de ajuda, e eu resolvi vir. Só vou para a aula à noite se não precisarem mais de mim. E se tiver algum conhecido meu aqui?"

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