São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996
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Diplomata não fez lobby, diz Itamaraty

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diplomata Júlio César dos Santos, ex-chefe do Cerimonial do Planalto, nada fez que caracterizasse tráfico de influência, concluiu na última terça-feira o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores).
Júlio César, que é ministro de primeira classe (o topo da carreira, quando se ocupa o cargo de embaixador), era suspeito de fazer lobby para a empresa norte-americana Raytheon, vencedora da concorrência para o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).
A Polícia Federal gravou, em agosto e setembro do ano passado, conversas entre Santos e José Afonso Assumpção, presidente da Líder Táxi Aéreo e representante da Raytheon no Brasil.
As gravações revelaram que Santos pegou carona com Assumpção em viagem a Las Vegas (EUA). Os dois ainda conversaram sobre propinas que parlamentares estariam exigindo para aprovar o Sivam.
O diplomata está agora à disposição de nomeação para cargos no Brasil e no exterior. Os diplomatas concluíram não existir sustentação legal para punir Santos.

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