São Paulo, domingo, 16 de junho de 1996
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Jogada final; Entre o céu e a terra; Cartas na mesa; Livre para governar; Não custa tentar; Ameaça explícita; Time unido; Haja esperança; Conta vazia; Te cuida, FHC; Morro acima; Jura de amor; Aluna aplicada; Mordomo petista; Conexão americana

Jogada final
O governo tentará um acordo para a aprovar a CPMF. Como o imposto da Saúde teria 90 dias para entrar em vigência e a alíquota poderia ser reduzida, a equipe econômica, inspirada por Kandir, buscaria no período fórmula para agradar Jatene.

Entre o céu e a terra
A fórmula alternativa à CPMF pretendida pelo Planalto é a única opção para que o Congresso não a rejeite -coisa dada como certa por líderes partidários. Jatene não receberia a bolada que quer, mas não perderia a luta.

Cartas na mesa
O Planalto vai barganhar ao máximo a limitação de seu poder de editar medidas provisórias. Em troca, quer autonomia. Inclusive fazer, por decreto, parte da reforma administrativa, atualmente parada na Câmara.

Livre para governar
FHC, Marco Maciel e Sarney retomam a conversa sobre MP esta semana, depois de uma primeira rodada, na quinta. "A idéia é dar ampla liberdade administrativa ao Executivo", diz um dos interlocutores.

Não custa tentar
Líderes partidários pedirão aos relatores das reformas tributária e administrativa que reduzam ao máximo suas propostas. Assim, caminhariam nas comissões especiais simultaneamente. É a tramitação que o Planalto quer.

Ameaça explícita
Auxiliares de Jatene avaliam que o governo e o líderes governistas não sairão incólumes se a CPMF naufragar, como indica previsão que chegou ao Planalto. Dizem que o ministro da Saúde não levará desaforo para casa.

Time unido
Piada que circula no Congresso: a fritura do ministro da Saúde, Adib Jatene, que só pensa na CPMF, é feita com fogo alto, em panela de pedra bem grande e com um fogão construído durante meses. Pelo governo.

Haja esperança
O líder do PMDB, Michel Temer, diz que não jogará a toalha, apesar do clima de desânimo no Congresso. "Vamos insistir para haver votação em agosto e setembro." Pelo menos, dois dias por semana, sonha o deputado.

Conta vazia
Estudo do PT mostra que um trabalhador contratado pelo projeto Paulo Paiva com salário de R$ 1.000,00 receberia R$ 2.813,00, se fosse demitido seis meses depois. Pelas regras normais, teria direito a R$ 6.021,00.

Te cuida, FHC
Representantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional, do México, visitam o Congresso na quinta. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara prepara debate com auxiliares do subcomandante Marcos.

Morro acima
Miro Teixeira, candidato do PDT no Rio, não vai esperar seus concorrentes lembrarem que Brizola sucateou a polícia carioca. Segurança será tema central de sua campanha. Promete até subir o morro em dia de tiroteio.

Jura de amor
Celso Pitta, candidato do PPB na eleição paulistana, se recusa a comentar as críticas de que não tem personalidade própria. "Eu não falaria nada que pudesse ser interpretado como uma deslealdade com o prefeito", diz.

Aluna aplicada
Foi o publicitário Celso Loducca quem insistiu com Erundina (PT) para que ela não criticasse o projeto habitacional Cingapura, de Maluf. Sem muito entusiasmo, ela promete continuá-lo.

Mordomo petista
No comando da campanha de Erundina (PT), o vice Aloízio Mercadante é responsabilizado pelo destaque da mídia ao índice de rejeição da candidata. "Ele bateu demais nessa tecla antes de ser derrotado na prévia", dispara um dos generais do partido.

Conexão americana
A Polícia Federal está investigando as viagens do embaixador Júlio César Gomes dos Santos a Washington. Apura informação de que ele se hospedava, na capital dos EUA, num apartamento pertencente à Líder Táxi Aéreo.

TIROTEIO
De José Dirceu, presidente nacional do PT, sobre Francisco Rossi, candidato do PDT a prefeito de São Paulo:
- O Rossi não vai ter o mesmo desempenho que teve em 94. Depois do episódio do chute na santa, ele perdeu uma grande fatia do eleitorado católico, que o associa aos evangélicos.

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