São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 1996
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A chance perdida

CIDA SANTOS

O vôlei feminino brasileiro deixou escapar ontem uma grande chance de vencer Cuba, campeã mundial e olímpica, na final da Copa BCV.
O jogo mostrou que a distância entre as duas seleções está cada vez menor. O que faltou ao Brasil foi mesmo dominar a ansiedade e não errar tanto nos lances decisivos.
Maior prova disso foi que a seleção brasileira só teve problemas nos momentos em que podia vencer o jogo. Ganhou os dois primeiros sets de maneira perfeita. Quando tudo parecia certo, parou de jogar no terceiro e sofreu uma derrota que chegou a lembrar os velhos tempos: 15 a 3.
No quarto set, teve o jogo nas mãos: fez 14 a 10, mas acabou permitindo a reação cubana.
No tie-break, a seleção entrou sem o pique dos sets anteriores, talvez já sentindo a oportunidade que perdera de superar Cuba. Resultado: dos 15 pontos cubanos, 5 foram de bloqueio e 4 de erros do Brasil.
A 32 dias do início da Olimpíada, o importante é que o Brasil está jogando de igual para igual com Cuba.
A melhor imagem dessa afirmação foram os dois bloqueios seguidos que Márcia Fu fez na superatacante Mireya Luis, no quarto set. Dois lances que tiveram sabor de um gol.
No balanço final, a "era Bernardinho" na seleção tem sido perfeita. Desde que o técnico assumiu o comando da equipe, em outubro de 93, o Brasil conseguiu chegar a todas as finais dos 14 torneios que disputou.
Na Copa BCV, último campeonato antes de Atlanta, o Brasil fez uma campanha que permite pensar em uma final olímpica.
Venceu China e EUA por 3 a 0 e mostrou que pode derrubar Cuba. Mais: tem na quadra novamente Ana Moser, que tem mostrado uma força de vontade comovente para superar a contusão no joelho direito e voltar aos seus melhores dias de grande atacante.

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