São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 1996
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Geodados: Calminho, calminho antes da erupção

BILL PITZER; EARLE HOLLAND

A vulcanologia ainda não é uma ciência exata, mas os especialistas da área parecem estar chegando perto de poder prever quando um vulcão vai entrar em erupção.
A repentina e fatal erupção do vulcão colombiano Galeras, em 1993, ofereceu a melhor oportunidade até hoje para prognosticar esses desastres.
Nessa erupção, morreram meia dúzia de vulcanólogos, mas um dos sobreviventes, Stanley Williams, geólogo da Universidade do Arizona (EUA), propôs um modelo matemático sugerindo que erupções semelhantes à do monte Galeras podem ser previstas com antecedência.
Pesquisas anteriores já indicavam que antes da erupção costumam ocorrer sismos e tremores de terra com determinada frequência. Outros sinais são um aumento drástico na liberação de gases, tais como o sulfeto de hidrogênio, e a formação de saliências no interior dos vulcões, que podem ser averiguadas por meio de sofisticadas medições.
No caso do monte Galeras, a saída de gases havia parado antes da erupção e Stanley Williams achou que o vulcão era seguro. Mas a erupção aconteceu sem qualquer aviso prévio. O mesmo tipo de "comportamento" -"calma antecedendo a tempestade"- foi registrado em erupções posteriores, a segunda das quais foi prevista por Williams.
O modelo matemático não é perfeito. Dois episódios semelhantes de "calma" não foram seguidos por erupções.

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