São Paulo, terça-feira, 18 de junho de 1996 |
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'É difícil encontrar culpados'
DA REPORTAGEM LOCAL Advogados ouvidos pela Folha consideram "muito difícil" encontrar responsáveis pelo incêndio ocorrido ontem.José Roberto Batocchio, ex-presidente da OAB, acha "precipitado" falar em responsabilidades "sem saber exatamente as causas do incêndio". Para ele, mesmo que o fogo tenha sido causado por velas acesas por falta de luz, a Eletropaulo dificilmente seria responsabilizada. Os moradores disseram que a energia foi interrompida, mas a empresa nega ter feito qualquer tipo de corte. "O corte de luz por razões técnicas não tem relação direta com o incêndio", afirmou Batocchio. Essa também é a avaliação de Jairo Fonseca, presidente da comissão de direitos humanos da OAB. "Não há nexo direto entre a suposta operação da Eletropaulo e o incêndio", disse Fonseca. Segundo ele, juridicamente, será extremamente difícil encontrar culpados. Para Fonseca, nem o atual governo, que tentava a reintegração de posse do prédio, nem o anterior poderia ser responsabilizado. Ministério Público O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, designou ontem dois promotores do Ministério Público para acompanhar o inquérito policial sobre o incêndio. Após o inquérito, que pode levar até 30 dias, os promotores Irineu Penteado Neto e Schiozo Tanaka poderão propor uma ação penal. Texto Anterior: Desabrigados vão para escola Próximo Texto: COBERTOR; SALTO; BOTIJÕES; ANIVERSÁRIO; LIXO; VELAS; DESPERTADOR; CAMA; SOBRA; PERDAS Índice |
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