São Paulo, quarta-feira, 19 de junho de 1996
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Japão decide levar queixa para a OMC

Brasil não convence missão

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Japão não chegou a um entendimento com o Brasil sobre a alteração da medida provisória do regime automotivo e vai apresentar queixa formal à OMC (Organização Mundial do Comércio).
A decisão foi anunciada ontem pelo diretor-geral de Cooperação Econômica do Ministério da Indústria e do Comércio Internacional do Japão, Hidehiro Konno, que liderou a delegação de seu país durante a rodada de consultas informais nos últimos dois dias.
O Japão se queixa da redução brusca de suas exportações de veículos ao Brasil a partir de julho do ano passado, quando foi criado o regime automotivo brasileiro e suas regras complementares. As montadoras já instaladas no país levam vantagem e têm incentivos.
Segundo Konno, no primeiro semestre de 1995 foram exportados ao Brasil 24 mil automóveis de passeio. No período seguinte, as vendas foram de 24 unidades.
"O regime brasileiro é discriminatório. O mercado deve ser aberto para todos e não só para empresas selecionadas que já ocupam esse mercado", afirmou Konno.
Segundo José Alfredo Graça Lima, diretor-geral do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, o Japão reclama dos incentivos contidos na MP, mas também da alíquota de 70%, segundo ele aprovada pela OMC.

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