São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996 |
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Nova velha Globo
NELSON DE SÁ
Nem primeira manchete, nem manchete alguma. No novo velho Jornal Nacional, a greve geral, quando é citada, ganha edição às escuras, oculta -e com apenas uma entrevista, oficialesca, com o ministro da Fazenda: - ... estamos com ingressos crescentes de investimento, que gera emprego e crescimento, e não consigo entender a razão pela qual a greve está sendo convocada. A operação edição na Globo, na cobertura da greve, seguiu o tom ameaçador, mas frio, do porta-voz Sergio Amaral. Na locução fria de Lillian Witte Fibe, porta-voz do porta-voz: - O porta-voz disse que os funcionários públicos que faltarem ao trabalho terão o ponto cortado. Na Globo, outro exemplo da operação edição foi o SPTV, que deu mais tempo para curiosidades sobre o primeiro dia do inverno do que para a greve. O mesmo SPTV, que cobre as sedes nacionais da CUT e da Força Sindical, nada registrou sobre as centrais, as suas passeatas ou a organização da greve -preso que estava às ameaças: - O governo do Estado cortará o ponto dos funcionários que faltarem ao trabalho por causa da greve. Nada de novo, afinal, na nova velha Globo. E nem precisava de muita ameaça, contra a greve geral. Não contra um PT que gasta a propaganda política, horas antes da greve, para fazem campanha eleitoral e cantar que "o PT faz bem", administra bem... Texto Anterior: Serra recebe título no Rio e coloca ovo em pé Índice |
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