São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 1996
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Superávit em maio reequilibra a balança

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo anunciou ontem um superávit de US$ 268 milhões na balança comercial do mês passado. Trata-se do segundo resultado positivo alcançado pelo comércio exterior brasileiro neste ano.
As exportações de US$ 4,506 bilhões foram recorde para o período -representaram um aumento de 7,16% em relação a maio do ano passado.
As importações alcançaram US$ 4,238 bilhões -uma queda de 13,42% na comparação com maio de 95 e um acréscimo em relação a abril de 96.
O desempenho de maio -que gerou um saldo positivo de US$ 31 milhões no acumulado no período de janeiro a maio de 96- conseguiu reverter o déficit de US$ 237 milhões que o país chegou a acumular nos primeiros quatro meses deste ano.
Expectativa oficial
Os secretários José Roberto Mendonça de Barros (Política Econômica) e Maurício Cortes (Comércio Exterior), que anunciaram os números, mostraram-se otimistas em relação ao comportamento da balança comercial neste ano.
"A expectativa é que o comércio exterior vá ter um desempenho muito favorável", disse Mendonça de Barros.
"Podemos esperar um desempenho bastante crescente das exportações, que se encontram em curva ascendente", disse Cortes.
No azul
O superávit de US$ 268 milhões obtido no mês passado contrasta com o déficit de US$ 690 milhões registrado em maio de 95.
As importações no período analisado somaram US$ 19,048 bilhões -valor 8,52% inferior ao acumulado no ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 95 a maio de 96), o saldo positivo foi de US$ 364 milhões, com as exportações totalizando US$ 48,255 bilhões e as importações, US$ 47,891 bilhões.
O período acumulado anterior (maio de 95 a abril de 96) foi menos favorável. Apresentou déficit de US$ 594 milhões.
O que pesou
Até maio deste ano, os produtos metalúrgicos e os do complexo soja responderam por cerca de 60% do aumento das exportações.
As compras de automóveis em maio último cresceram 51,9% em relação a abril. Também registraram expansão os bens de capital (14,7%) e matérias-primas/produtos intermediários (8,9%).
O principal recuo na compra externa em maio ficou por conta do petróleo bruto (queda de 39,2%).

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