São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996 |
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Centrais dizem que greve atingiu objetivo
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Segundo a CUT, Força Sindical e CGT (Confederação), em alguns locais, como Minas Gerais, e algumas categorias, como metalúrgicos, professores e condutores de ônibus, o movimento ficou aquém do esperado pelos organizadores. Mas, por outro lado, no Rio, Brasília e entre os trabalhadores da construção civil de São Paulo a paralisação superou as expectativas. 'Greve heterodoxa' Para o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, o país viveu ontem uma "greve geral heterodoxa". "Não houve grandes piquetes, grandes manifestações públicas nem violência nas estradas ou cidades", disse Medeiros. Segundo ele, a greve dos condutores de ônibus foi fraca em São Paulo. "São Paulo ficou fazia, parecia um sábado." O diretor da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, afirmou que 95% dos metalúrgicos da cidade pararam. Já entre os comerciários de São Paulo, 50% pararam, segundo Ricardo Patah, tesoureiro da entidade, da base da Força Sindical. Maior da história O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse que o país viveu ontem a maior greve geral da sua história. Vicentinho admitiu que muitos trabalhadores não pararam por medo de perder o emprego. "Mas eles vão perceber que, se não fizerem nada, aí é que o desemprego vai crescer mesmo." Para o presidente da CUT, houve dirigentes que trabalharam pouco pela greve. "Não tínhamos a pretensão de parar 100% do país. Se tivéssemos essa condição, tiraríamos FHC do poder", disse Vicentinho em ato pela manhã em São Bernardo (ABCD paulista). Segundo ele, o movimento nos bancos foi de apenas 10% do verificado em dias normais. Texto Anterior: A greve e a economia Próximo Texto: Ato da CUT no ABC fracassa Índice |
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