São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Governo mantém verba para inadimplentes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Renato Souza (Educação) disse ontem que mesmo os municípios inadimplentes junto ao governo federal receberão recursos do Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental.
"Os alunos não podem ser prejudicados porque uma administração, eventualmente, atrasou a prestação de contas", afirmou.
Ele não soube precisar o número de municípios endividados que teriam sido beneficiados.
Segundo Paulo Renato, os critérios para receber as verbas são técnicos: prefeitos e governadores fazem uma lista das escolas e a submetem à aprovação do governo.
As escolas organizadas -com APM (Associação de Pais e Mestres) ou conta bancária própria- receberão o dinheiro diretamente.
Para as demais, as verbas serão encaminhadas aos prefeitos e governadores, que as repassarão para as escolas.
O convênio que viabiliza o programa -autorizado ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso- prevê a liberação de R$ 250 milhões a 170 mil escolas.
Os diretores da escola terão total liberdade para administrar as verbas. Não há destinação específica determinada pelo governo federal.
Este é o segundo ano de implantação do programa. Paulo Renato disse que o MEC (Ministério da Educação) esperava repassar as verbas para os municípios inadimplentes desde o ano passado.
Ele disse que em programas de grande alcance social -como o de distribuição de merenda-, o repasse não pode ser interrompido.
"Mas no caso de repasse para reformas de escolas, os municípios inadimplentes não devem receber o dinheiro", observou.
Sobre as críticas de que não existem iniciativas idênticas para beneficiar as universidades, FHC foi enfático: "De forma alguma o governo se desocupa, se despreocupa da questão universitária".
Salário-educação
FHC disse também que o salário-educação está subindo a uma taxa de 17% em termos reais (acima da inflação). "O que significa que a massa de assalariados está aumentando. E seu salário real também", afirmou.
FHC disse que o aumento de 17% em uma inflação de 1% ao mês "significa um aumento real efetivo, tanto na massa de salários, quanto da participação do salário-educação".

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