São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Maratonista foi atacante

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os lançamentos do meia Donizete para o ponta-esquerda Luiz Antônio eram a arma fatal do Coroados Futebol Clube, da cidade fluminense de Volta Redonda, 13 anos atrás.
Donizete continuou no futebol, foi campeão carioca (90) e brasileiro (95) pelo Botafogo, chegou à seleção brasileira e joga agora no Benfica, de Portugal.
Enquanto isso, Luiz Antônio dos Santos tornou-se maratonista, chegando a deter o recorde sul-americano e ganhando o bronze no Mundial da Suécia, única medalha do Brasil.
(RB)
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Folha - Como classificaria o jogador Luiz Antônio?
Santos - Eu era um ponta veloz e driblador. Várias vezes fui considerado o melhor jogador do campeonato local. Poderia ter virado profissional sem problemas, mas uma contusão no braço, durante uma peneira do Volta Redonda, me tirou do futebol.
Folha - Esse foi o momento decisivo?
Santos - Foi. Depois, tive de trabalhar, não apareceu outra oportunidade e acabei ficando velho para tentar algo no futebol.
Folha - Como surgiu o atletismo na sua vida?
Santos - Comecei com 21 anos, quando eu era metalúrgico. Mas eu continuava no time do Coroados, o mesmo time de Donizete.
Folha - Havia entrosamento entre você e Donizete?
Santos - Claro. Ele era o meia-direita do time e sempre me lançava. As nossas jogadas eram as mais perigoso do time.
Com a bola no pé, eu partia para a área. Não era desses pontas que só cruzam.
Folha - Você continua jogando no tempo livre?
Santos - Não, parei aos 25 anos. Não vou arriscar a trincar meu tornozelo em uma partida de futebol. É muito perigoso.

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