São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996 |
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Acordo turco é novo temor
IGOR GIELOW
Em princípio, pensava-se que o acerto se resumia à possibilidade de utilização de bases aéreas pelos dois países em situações de guerra. O governo sírio, porém, identificou dois ataques aos guerrilheiros da minoria curda do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) pelo Exército da Turquia sob orientação israelense. As ações teriam ocorrido em abril. Há dois objetivos nos ataques. Primeiro, a Turquia acredita que Abdullah Ocalan, líder do PKK e um dos homens mais procurados do país, esteja em Damasco. Em segundo lugar, a pressão turca sobre os curdos serve para desestabilizar o norte da Síria, que, com o norte do Iraque e o sul da Turquia, formam o território curdo. O apoio de Israel à lógica militar turca serve como "válvula de pressão" sobre a Síria. De tempos em tempos, aperta-se a "válvula" empurrando mais curdos para território sírio e dando mais trabalho para o presidente Hafez al Assad. E, na eventualidade de guerra, seriam duas frentes de batalha -segundo o jornal árabe baseado em Londres "Al Haiat", Marinha e Exército turcos e israelenses irão fazer manobras conjuntas. Texto Anterior: A Conferência do Cairo Próximo Texto: Israel adia decisão sobre a retirada de Hebron Índice |
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