São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Auschwitz não terá mais supermercado

Empreendimento causou protestos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A empresa que planejava construir um supermercado em frente ao campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, concordou em mudar seus planos e fazer um estacionamento e um centro de serviços para o museu do campo da era nazista.
A decisão foi tomada pelo presidente da empresa, Janusz Marszalek, após reunião com o governador de Bielsko-Biala (onde fica Auschwitz), Marek Trombski.
No início do ano, o projeto da empresa Maja, de alemães e poloneses, de construir um supermercado e uma loja de alimentação rápida tinha causado protesto da comunidade judaica e de outros grupos dentro e fora da Polônia.
'Inapropriado'
Eles diziam que as lojas eram "inapropriadas" para ficarem em frente ao local em que até 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, foram mortas pelos invasores alemães na Segunda Guerra Mundial.
Até o presidente da Polônia, Alexander Kwasnievski, tinha se oposto ao projeto.
O novo plano, segundo a Maja, segue sugestões do conselho do Museu Auschwitz-Birkenau.
Ele prevê a instalação, em dois edifícios já existentes, de uma farmácia, um ambulatório, uma creche, uma livraria, um posto de informações e uma lanchonete, além da transferência da loja de lembranças do museu para o local.
O governo da Polônia ainda deve discutir como implementar uma zona de proteção de 500 metros em torno do antigo campo de concentração nazista. A decisão pode modificar mais uma vez o projeto da empresa Maja.
Indenização
Segundo a agência de notícias polonesa "PAP", Marszalek vai pedir indenização de US$ 3,7 milhões por danos causados pelo atraso nas reformas dos prédios.
Antes do acordo de ontem, ele havia ameaçado continuar a construção do supermercado na segunda-feira se não houvesse uma decisão sobre o projeto.

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