São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996
Texto Anterior | Índice

Junqueira desconfia do motivo

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-procurador geral da República Aristides Junqueira afirmou ontem que a possibilidade de "queima de arquivo" não pode ser afastada por quem vai investigar a morte de PC Farias.
"A primeira interrogação que me surgiu na cabeça foi se é ou não 'mera coincidência' um homicídio cinco dias antes de PC Farias ser interrogado no Supremo Tribunal Federal", disse Junqueira.
O ex-procurador -autor da denúncia que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello- é coordenador do Programa de Combate à Corrupção promovido pelo Instituto Cidadania, organização não-governamental presidida por Luís Inácio Lula da Silva.
O instituto realiza conferência com a participação de especialistas de diversos países sobre experiências da ação do Estado e da sociedade na luta contra a corrupção.
O presidente do PT, José Dirceu, afirmou que a "queima de arquivo" interessaria "principalmente ao ex-presidente Fernando Collor de Mello e a grandes empresários e grupos políticos que sobreviveram à CPI do Orçamento".
Lula disse que "não está bem-explicada" a morte de PC Farias, "uma figura que manchou o nome do Brasil no mundo", mas não tinha condições de especular sobre os motivos.
Afirmou que "para evitar o surgimento de novos PCs Farias na vida pública brasileira é preciso que o combate à corrupção seja ensinado desde a escola".

Texto Anterior: MULTIMÍDIA
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.