São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996
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SP vai excluir livros rejeitados pelo MEC

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo não vai comprar este ano livros didáticos que tenham sido excluídos da 1ª à 4ª série pela avaliação do Ministério da Educação e do Desporto (MEC).
A exclusão deverá ocorrer em agosto, quando a secretaria já terá organizado os pedidos de compra feitos pelos professores.
Segundo o secretário-adjunto da Educação, Hubert Alquéres, os professores tiveram até o último dia 5 para enviar à secretaria seus pedidos -que deveriam vir acompanhados de uma segunda opção.
Até o dia 20 de julho, os dados dos pedidos serão processados pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), responsável pelas compras.
Em agosto, quando começa a negociação com as editoras, o governo deverá exigir que elas corrijam os erros apontados na avaliação do MEC. Se isso não for possível, será comprada a segunda opção do professor -"ou até um outro livro melhor", diz Alquéres.
Compra descentralizada
Desde o ano passado, o Estado de São Paulo compra os livros didáticos para sua rede de 6.800 escolas. Antes, isso era centralizado na FAE (Fundação de Assistência ao Estudante), que é órgão do MEC.
O governo de Estado comprou para este ano letivo 12,5 milhões de livros e vai adquirir -até o início de setembro- o mesmo número para o ano que vem.
A descentralização -que ocorreu também no Rio- provocou uma cadeia de problemas, que culminou com um atraso na entrega dos livros de mais de dois meses, no caso de São Paulo.
Houve atrasos na entrega dos livros pelas editoras, na mixagem dos livros (formação dos lotes que seriam enviados a cada escola) e até no transporte.
Como de 95 para 96 mais de 70% das escolas da rede estadual foram "reorganizadas" -passaram a atender da 1ª à 4ª série ou da 5ª série ao 2º grau-, muitos colégios, além de acusarem esse atraso, receberam livros que não combinavam com a nova faixa etária dos alunos atendidos.
Segundo Alquéres, a sistemática de mixagem e distribuição de livros para o ano que vem ainda está sendo estudada.
Livros distribuídos
Para os livros que já estão nas escolas, a idéia é fazer em julho um cruzamento da listagem de distribuição com a lista do MEC.
"Aí, talvez a gente mande um aviso aos professores para que eles possam corrigir os eventuais erros", afirma Alquéres.
Segundo a secretaria, o livro "Eu Gosto de Ciências", 4ª série, da editora Nacional, excluído na avaliação do MEC, já foi corrigido no lote distribuído este ano.

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