São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996
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Renegociação vai até o dia 22 de julho

Produtores ganham mais prazo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo prorrogou para 22 de julho o prazo para os produtores rurais renegociarem suas dívidas com os bancos. O adiamento vinha sendo reivindicado pela bancada ruralista -parlamentares ligados ao setor agropecuário.
O prazo inicial era 30 de junho. Oficialmente, a ampliação foi provocada pela demora do governo em liberar a participação dos bancos privados na renegociação.
A securitização da dívida agrícola foi aprovada pelo Congresso no ano passado. O Tesouro Nacional vai assumir a dívida dos produtores rurais com os bancos.
O BB vai renegociar R$ 5,2 bilhões do total de R$ 7 bilhões autorizados pelo governo. Outros cinco bancos -Bradesco, Bamerindus, Banespa, Banestado (PR) e BNB- vão securitizar R$ 1 bilhão.
Essa prorrogação será oficializada na próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional). O ministro Arlindo Porto (Agricultura) disse que a ampliação do prazo não vai atrapalhar a liberação de recursos da próxima safra.
Recursos
O ministro disse que os produtores rurais terão, no mínimo, 40% a mais de recursos na safra 96/97.
No ano passado, o governo liberou R$ 2,6 bilhões, incluídos os recursos do Pronaf (Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar). Para este ano, a previsão é ultrapassar R$ 3,6 bilhões.
Porto anunciou também que o presidente Fernando Henrique vai negociar com os outros países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) o aumento do alíquota de importação do arroz, vinho e pêssego por terceiros.
Segundo o ministro, o Brasil tem abundância desses produtos, e os agricultores estão sendo prejudicados com a entrada de produtos mais baratos de outros países.
O Brasil quer aumentar a alíquota do arroz (de 10% para 22%), do vinho em recipientes com mais de dois litros (de 20% para 40%) e do pêssego (de 14% para 40%).

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