São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996 |
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Juiz culpa defensivismo
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Após ter apitado no Mundial dos EUA, em 94, Van der Ende arbitrou o empate entre Portugal e Dinamarca pela Euro-96. (JCA) * Folha - A arbitragem na Eurocopa está sendo muito questionada. Além de falhas em lances decisivos, estudiosos ingleses associam aumento no número de lesionados à falta de pulso dos juízes. Mario van der Ende - São críticas injustificadas e até engraçadas. Acho divertidas, porque as reclamações que ouvi até agora foram no sentido contrário, que estaríamos exagerando nos cartões. O número de cartões aumentou em relação à Eurocopa de 92. Folha - O que está acontecendo, então, se há aumento de jogadas violentas? Van der Ende - Os times jogam recuados. Como são os zagueiros que costumam fazer as faltas mais feias, o número de lesionados sobe mesmo. Outra coisa: os jogos estão mais equilibrados, ou seja, mais truncados. Na Holanda, no final da temporada, há amistosos entre um Ajax ou um Feyenoord e times campeões da terceira ou quarta divisão que terminam em 12, 13, 15 a 0 e o juiz não precisa mostrar cartão. O equilíbrio e o defensivismo geram as contusões. Folha - O que você acha de deixar o infrator afastado durante todo o tempo em que a vítima estiver se recuperando? Van der Ende - Uma brincadeira. No futebol, você tem que punir de acordo com a gravidade da falta, não da contusão. Texto Anterior: As contusões no futebol Próximo Texto: Eurocopa-96 é 'estopim' para o racismo no futebol Índice |
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