São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Procurador nega pressão
WAGNER OLIVEIRA
Segundo George Sanguinetti, professor da Universidade Federal de Alagoas, Amaral estaria pressionando Odilon, legista do IML, a dizer que o laudo sobre as mortes é inconclusivo. "Eu nunca fiz pressão. Se falou isso, esse Sanguinetti é um desequilibrado que quer aparecer". Amaral é filho do secretário de Segurança Pública de Alagoas, José Amaral. "Pelo que sei, o laudo é inconclusivo, mas nunca nem falei com o Odilon. Qual motivo eu tenho para pressionar alguém para omitir alguma coisa?", afirmou. Amaral disse que sua função, neste caso, é marcar entrevistas de jornalistas com o secretário. O diretor do IML, Marco Antônio Peixoto, considerou "precipitadas" as conclusões feitas por Sanguinetti sobre os exames realizados por Odilon. Para ele, "ainda é cedo para qualquer tipo de conclusão", pois parte dos exames feitos nos dois corpos ainda não estão prontos. "Até agora, o laudo é totalmente inconclusivo, já que ainda nem começou a ser redigido. Estamos aguardando resultado de exames", disse. Peixoto afirmou que o exame de raio-x feito nos dois corpos e que deve indicar a trajetória das balas ainda não está concluído. Segundo Peixoto, também faltam ainda definição dos exames feitos no pijama de seda de PC -que ajudaria a indicar a que distância o tiro foi dado-, o de secreção vaginal -para se saber se houve ato sexual do casal antes do crime- e o toxicológico -que indicaria eventual presença de veneno nos dois corpos. Peixoto disse que o conjunto dos exames será usado para a confecção do laudo final. Texto Anterior: Legista nega versões e diz que PC foi atingido em pé Próximo Texto: A perícia ideal e a que foi feita Índice |
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