São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Estudo explica defeito genético que provoca tipo de obesidade

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um defeito genético pode explicar o motivo pelo qual deixa de fazer efeito a leptina, um hormônio "antiobesidade" produzido naturalmente pelo organismo.
A descoberta foi anunciada ontem pela Academia de Ciências dos Estados Unidos.
Este defeito seria a causa de alguns tipos de obesidade. A descoberta abre uma pista para a elaboração de um medicamento.
A leptina é um hormônio produzido por um gene chamado "ob" (de obeso). Gene é um trecho do material genético responsável pela produção de uma proteína. Hormônios são proteínas.
A leptina envia um sinal de "saciedade" ao cérebro de pessoas com apetite normal.
Isto é, "avisa" o sistema nervoso de que chegou a hora de parar de comer. Mas, em pessoas obesas, essa mensagem parece não funcionar direito.
Cientistas da Universidade de Basiléia (Suíça) fizeram sua descoberta por meio de uma pesquisa realizada com ratos, que têm um gene da obesidade muito parecido com o do homem.
Segundo eles, a leptina "pousa" na célula, ativando três tipos de proteína especializadas na comunicação entre as células.
Se a leptina "pousa" num local defeituoso (gerado por um defeito genético), não consegue ativar essas proteínas, que regulam a ação do hormônio "antiobesidade".
Eles descobriram também que a região do cérebro com maior concentração de locais para a leptina estacionar é o hipotálamo, um centro de controle da saciedade.

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