São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996
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Clínica em Santos não obedece à interdição

ANDRÉA DE LIMA
DA AGÊNCIA FOLHA

Carlos Alberto Nogueira, 40, dono de uma casa de idosos clandestina no bairro do Embaré, em Santos (SP), interditada pela prefeitura, disse que não vai obedecer ao prazo de fechamento da clínica.
Segundo determinação da Prefeitura de Santos, os 31 idosos da clínica clandestina têm até a próxima terça-feira para deixar o local.
A clínica foi fechada após vistoria da Sehig (Secção de Fiscalização e Higiene da Secretaria Municipal de Saúde), que constatou diversas irregularidades -da falta de higiene aos maus-tratos.
Segundo a coordenadora da Sehig, Florize Malvezzi, a clínica não tem alvará sanitário e de funcionamento, que são obrigatórios por lei.
"Se eles quiserem reabrir a clínica, terão de apresentar condições adequadas, como supervisão de enfermagem, um médico responsável, cardápio de nutricionista, área de lazer e recreação, coisas que até hoje inexistem no local", afirmou Malvezzi, que participou da vistoria.
O proprietário da casa afirma que mantém 22 e não 31 idosos sob os cuidados de oito funcionários. Segundo ele, na casa moram 40 pessoas, entre adultos, crianças e idosos, em 14 quartos.
"Isso aqui é uma pensão. É a minha casa que eu abro para cuidar desses idosos. É um favor que eu faço a eles e a suas famílias, amigas minhas. Eu peço três salários mínimos por mês por cada um, uma contribuição para pagar as contas, comida e o salários dos funcionários", disse.

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