São Paulo, sábado, 29 de junho de 1996
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Verba é recorde, diz Montoro

DA REDAÇÃO

Para o secretário estadual de Economia e Planejamento de São Paulo, André Franco Montoro Filho, 52, "dada a importância da universidade, do ensino superior, da pesquisa, ciência e tecnologia, nunca haverá recursos suficientes."
"Dentro da disponibilidade, a administração estadual está dando às universidades mais do que qualquer outra já deu. Apesar disso, há acusações de congelamento de verbas, perseguições."
"Meu raciocínio é fácil de ser colocado. O governo Quércia destinou à universidade, em média, 8,4% do ICMS -fixado em 1989. No governo Fleury, foi um ano de 8,4%, e três anos de 9% do ICMS. No governo Covas, está sendo 9,57% do ICMS. É uma porcentagem maior sobre um volume arrecadado maior. Nunca o Estado de São Paulo arrecadou tanto."
"É evidente que, apesar de os recursos que o governo Covas está destinando serem os maiores da história das universidades, existem deficiências de recursos."
"O problema é que o Estado tem outras atribuições, outras responsabilidades, e precisa fazer uma ponderação a respeito de onde irá colocar seus recursos. Esse processo é democrático, com participação da Assembléia Legislativa, por meio da aprovação do orçamento que, com a estabilidade de preços, passa a ser peça importante na administração pública."
"É essa destinação que se deve discutir: se eu colocar mais verbas para a universidade, significa que outros setores da administração vão receber menos recursos."
"Acredito que seria interessante a universidade tentar encontrar outros mecanismos de financiamento, outros recursos, de agências multinacionais ou nacionais, estabelecer parcerias com a iniciativa privada -o que já ocorre. Não há dúvida, quanto maior for o investimento no ensino superior, melhor será para o país, para o seu desenvolvimento, para sua soberania, para seu progresso."

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