São Paulo, domingo, 30 de junho de 1996 |
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Pesquisador enfrentou lama e foi recebido com frieza
ARI CIPOLA; CARLOS ALBERTO DA SILVA
Os pesquisadores saíram às 5h de Marabá (PA). Chegaram às 9h30 na fazenda Formosa, de onde tiveram de atravessar a pé 3 km no meio da mata até chegar ao acampamento. No caminho, muita lama, mosquitos e áreas alagadas. Os sem-terra receberam os pesquisadores com frieza. No início, a coordenação do acampamento chegou a designar uma pessoa para acompanhar os pesquisadores. O fato de os pesquisadores estarem acompanhados, porém, poderia atrapalhar o resultado da pesquisa. Depois de fazer a ponderação, o Datafolha conseguiu liberar o seu trabalho. Os pesquisadores só concluíram as 150 entrevistas após seis horas. O retorno, já no entardecer, foi mais difícil. Com pouca luminosidade, a travessia do brejo e da mata tornou-se ainda mais árdua. Na fazenda Alvorada, no Rio Grande do Sul, os pesquisadores chegaram por volta das 8h30 do dia 18 de maio, sábado. Apesar do frio, a movimentação era intensa: homens pegando toras de árvores para fazer lenha, filas para receber pagamento, mulheres lavando roupa no riacho, crianças descalças brincando na lama. Lá também, os líderes dos sem-terra escalaram uma equipe para acompanhar o Datafolha. Em seguida, deram uma contra-ordem, dispensando o acompanhamento. (AC e CAS) Texto Anterior: Os sem-esperança Próximo Texto: Foram ouvidos 578 sem-terra Índice |
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