São Paulo, domingo, 30 de junho de 1996
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Brasil dá mais férias que EUA e Europa

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Sair de férias pode não ser sinônimo de um mês de descanso, com pagamento de um adicional sobre o salário (veja quadro).
Cada país tem uma lei sobre férias -ou nem sequer chega a isso. É o caso dos Estados Unidos, que regulamentam apenas a dos funcionários públicos federais -12 dias por ano.
"No setor privado, as férias são negociadas previamente entre a empresa e o trabalhador", diz o norte-americano Peter Wise, 35, da agência Young & Rubicam.
"O mais comum são 15 dias. Além disso, é considerado como uma espécie de benefício", explica Wise, que está trabalhando no Brasil há apenas dois meses.
No Japão, são 20 dias -sem nenhum adicional. Na maioria dos países europeus, são 25 dias.
Suécia, Suíça e França dão cinco semanas. "Contamos a semana como tendo cinco dias, e não sete", diz Armin Candrian, 40, vice-cônsul da Suíça em São Paulo.
Há um adicional de 1/13. Quem tiver até 20 anos ou mais de 50 tem direito a um período maior -25 dias. "Com isso preservamos de fato a saúde dos trabalhadores."
Edith Silva, coordenadora do curso de especialização em administração de saúde e segurança no trabalho da Fundação Getúlio Vargas, concorda. "As férias funcionam como um esquema de prevenção para problemas de saúde."
"Além da saúde, ajudam a manter a produtividade", opina João Carlos Alexim, 58, diretor para o Brasil da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Para ele, não é certo comparar a duração das férias no Brasil e em outros países. "Nações de Primeiro Mundo têm condições de trabalho diferentes das nossas."

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