São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Expocorte fatura R$ 1,2 mi em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Expocorte/96 (Exposição de Raças Bovinas de Corte), que terminou domingo último, no Agrocentro, em São Paulo, obteve um faturamento bruto de R$ 1,218 milhão e correspondeu às expectativas de seus organizadores.
Foram vendidos 329 animais de várias raças de corte em 11 pregões.
"Raças como simental e blond d'aquitaine conseguiram resultado médios bastante expressivos. Outras, como charolês e santa gertrudis, mesmo sem obter altos preços, tiveram liquidez garantida".
O comentário é de José Eduardo Matuck, diretor da Pinheiro Machado, empresa sediada em São Paulo e promotora da Expocorte.
Ele lembra que o charolês, raça tradicionalmente criada no sul, participou pela primeira vez da Expocorte. "Mesmo sendo novidade na feira e também em São Paulo, o gado charolês foi negociado sem dificuldades", diz.
A Expocorte conseguiu levar ao Agrocentro 2.000 cabeças de 20 raças. Em 95, primeira edição da feira, haviam sido 1.600 animais de 14 raças.
O grande número de animais obrigou os organizadores a programar a feira em dois turnos.
"O ano passado foi necessário até a colocação de mais argolas para que os animais ficassem bem acomodados. Este ano fomos mais prevenidos", afirma Leonardo Pinheiro Machado, membro da organização.
Ele diz que as raças aberdeen-angus, beefalo, caracu, charolês, hereford e guzerá participaram da Expocorte pela primeira vez.
"Pudemos comprovar que a Expocorte já está incorporada ao calendário das associações de gado, o que é muito importante", afirma Machado.
Mesmo vendendo bem e conseguindo levar 2.000 animais ao Agrocentro, a Expocorte ainda não conseguiu atingir o grande público.
Foram poucos os paulistanos que resolveram enfrentar o frio da cidade, principalmente na última semana, para conhecer gado como belgian blue, beefalo, charolês, blond'aquitaine, nomes praticamente desconhecidos para eles.
"A gente reconhece que a Expocorte ainda não adquiriu um caráter popular. Ela é uma feira muito nova", explica Matuck.
O grande destaque entre os leilões foi o 1º Prêmio Simental, que vendeu 41 animais de criadores como Pedro Conde, Sylvio Propheta de Oliveira e Hélio Turquino.
O faturamento atingiu R$ 332 mil e a média, a mais alta da Expocorte, foi de R$ 8.100 mil.
O animal mais caro foi também negociado neste pregão. Betina's Panny, fêmea de 26 meses, foi ofertada por Pedro Conde e arrematada pela Comercial OMB por R$ 31,2 mil.

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