São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Dinheiro da venda da Vale deve ir para os Estados, diz Azeredo

DA SUCURSAL DO RIO

O governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), apresentou ontem ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) uma proposta de distribuição dos recursos da privatização da Companhia Vale do Rio Doce.
Azeredo quer que 60% dos recursos sejam destinados aos seis Estados onde a empresa tem investimentos.
A proposta foi feita sobre uma estimativa de arrecadação de R$ 6 bilhões com a venda da Vale. Os Estados beneficiados seriam Minas, Espírito Santo, Pará, Bahia, Sergipe e Maranhão, na proporção das dimensões dos investimentos da estatal em cada um deles. Minas ficaria com cerca de R$ 1,5 bilhão.
Os R$ 3,6 bilhões destinados aos seis Estados seriam gastos da seguinte forma: um quarto (R$ 900 milhões) para pagar débitos com o governo federal, e os outros R$ 2,7 bilhões iriam para investimentos em infra-estrutura.
União
Os 40% restantes (R$ 2,4 bilhões) ficariam com a União para aplicação, majoritariamente, em obras de infra-estrutura nos demais Estados do país, podendo ser usados para pagar dívidas federais.
A proposta foi feita em reunião com a diretoria do BNDES. Estavam presentes os governadores do Espírito Santo, Vítor Buaiz (PT), do Pará, Almir Gabriel (PSDB), de Sergipe, Albano Franco (PSDB), e do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PPR).
Os governadores da Bahia, Paulo Souto (PFL), e do Maranhão, Roseane Sarney (PMDB), não compareceram, mas, segundo Azeredo, foram consultados por ele.
Tocantins, onde a Vale tem uma mina de ouro e opera transporte hidroviário nos rios Tocantins e Araguaia, ficou fora da proposta.
Ele sugeriu que, dos 40% da União, seja definida uma parcela para investimentos em Tocantins.
O presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, disse que a proposta servirá de ponto de partida das negociações com o Senado para viabilizar a privatização.

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